Dr Roberto Chacur comenta sua experiência com preenchimento definitivo e os motivos pelos quais ele usa PMMA. Confira mais abaixo nessa página também a transcrição em inglês do vídeo.

Dr Roberto Chacur comments on his experience with definitive filling and the reasons why he uses PMMA. Also check the English transcription of the video below on this page.

Vocês sabem que eu uso preenchedores há 16 anos. Eu uso todos os tipos de produtos, produtos absorvíveis, inabsorvíveis, particulados ou não, géis, etc, eu uso todos os tipos. Eu não tenho nenhum vínculo comercial com nenhuma dessas marcas de produtos, com nenhuma indústria, com nenhum laboratório, mas eu uso sim o produto permanente que é o produto PMMA. Que é um produto que a gente sabe que ele é polêmico, ele é liberado pela Anvisa no Brasil, pelo FDA nos EUA desde 2006, existem diversos estudos comprovando sua eficácia e sua segurança.

Qual a sua opinião sobre PMMA?

E a gente sabe que no Brasil existem dois grupos de médicos: os que usaram e gostam e os que nunca usaram e falam mal. Eu sempre falo assim: se você quer escutar os médicos, pode escutar, desde que ele tenha tido experiência. Se você conhece algum médico que já usou PMMA e hoje fale mal, me avise. Pois eu não conheço. Todos os médicos que já usaram pelo menos respeitam o uso do PMMA.

Não que não tenha, risco, todos os produtos tem risco. Todos os produtos particulados, produtos géis, ácido hialurônico, todos tem riscos sim, risco de infecção, risco de embolia, risco de isquemia, todos eles tem esse risco, que depende muito da técnica e alguns são inevitáveis.

Qual a polêmica do PMMA?

O PMMA é utilizado como matéria prima na medicina há mais de 80 anos, como cimento ósseo, resina de dente, cirurgia de coluna, cirurgia ortopédica, na odontologia, na oftalmologia, ossos sintéticos, hoje nós temos volumizadores sólidos de pmma que podem ser utilizados no rosto também. Por usar na medicina há mais de 80 anos, ele é considerado inerte, biocompatível e inerte, não temos reação alérgica como muitos falam. Nunca vi um paciente com reação alérgica ou rejeição ao PMMA.

Todos os pacientes que eu conheço que tiveram reação alérgica ou rejeição, a maioria são pacientes que realizaram em casa, salão de beleza ou hotel, ou seja, são produtos clandestinos, realizados por profissionais não médicos. Todos os pacientes que chegam em mim, realizou PMMA, não era médico, salão de beleza ou quarto de hotel, não era PMMA, era silicone líquido, produto clandestino, utilizado largamente no Brasil. Hoje pelo que eu sei não existem mais médicos que usam esse produto, mas há pouco tempo sabe-se de médicos que usavam produtos clandestinos sim, que não eram PMMA e usavam produtos clandestinos, mas hoje, por esse controle, por essa questão de conhecer bem os produtos, eu realizo as microscopias de todos os tipos de produtos quando eu recebo. Todas as marcas eu tenho microscopia, que eu mesmo realizo, já faço isso há 16 anos. que isso é fundamental na qualidade do produto. Nós temos produtos que realmente, principalmente manipulados, não tem uma qualidade boa e não devem ser utilizados.

PMMA ou preenchedores absorvíveis?

Utilizo PMMA há 16 anos. Eu tenho em mim, na minha esposa, a maioria dos colaboradores da minha clínica, inclusive que os estão aqui assistindo, possuem PMMA sim, em quantidades grandes, facial, corporal, nós usamos com segurança. Se não fosse com segurança elas não aplicariam nelas, eu não aplicaria em mim e muito menos no paciente. Então se a gente usa é porque realmente considero muito seguro e satisfatório. Considero ele, por exemplo, no meu queixo, mais seguro do que um produto absorvível, que eu preciso repor com certa frequência. Tenho 3ml no queixo do produto permanente, então pra sempre meu queixo vai ser 3ml maior. Se eu tivesse realizado esses 3ml com ácido hialurônico, eu teria que a cada quatro, cinco meses repor um. Nos próximos 50 anos eu iria fazer meu queixo quantas vezes? 150, 120, 130? Qual risco é maior? Fazer 120, 130 vezes o mesmo procedimento ou fazer uma vez só. Será que não seria 120 vezes mais risco de pegar uma artéria, vaso, veia, isquemia, necrose, infecção? Pois esse é um risco de todos os procedimentos, não depende do produto. Se eu vou colocar em uma artéria, uma veia, isso não depende do produto. Depende da agulha, da técnica, da forma e da frequência. Quanto mais eu faço, maior o risco. Se eu faço 120 vezes o mesmo procedimento o risco é maior.

PMMA é lucrativo para o médico?

Vocês acham que pra mim ou pra indústria é vantagem usar o permanente ou o absorvível? Se nós fossemos pensar pelo lado da indústria ou pelo lado financeiro, que alguns colegas podem pensar, é mais vantajoso que vocês fiquem retornando a cada três, quatro, cinco, seis, sete ou oito meses para complementar algum procedimento. Então se usamos um produto de longa duração é porque achamos que é uma vantagem única e exclusivamente para o paciente e não para nós. Para nós e para a indústria, eles não querem, muitos profissionais e a indústria, eles não querem um produto de longa duração, não é vantajoso nem para indústria, nem para alguns profissionais. A vantagem de um produto de longa duração, se bem aplicado é unica e exclusivamente do paciente. É muito mais vantajoso para mim aplicar um produto absorvível, no qual se eu errar ele vai sair e ele tem um antídoto.

Quais são os riscos do PMMA?

Esse é um risco real do permanente, que eu vou falar agora: não posso errar, não posso exagerar, então não é para todo tipo de paciente, nem para toda região que eu vou usar um produto de longa duração. Tem que ser usado com muita cautela, um paciente que entenda muito bem o que eu estou falando, que tem certeza do que quer e que eu tenha certeza que vou acertar o que ele quer, na quantidade, na proporção e no local certo. Eu tenho que ter um cuidado muito maior no uso de produto permanente.

Reação ao produto

Todos os produtos tem um risco. Todos produtos tem um edema, podem inchar, pegar artéria, vaso, tem todo um cuidado para ser evitado isso, que depende muito mais de técnica do que de produto. A diferença é que o permanente é permanente e que o absorvível é absorvível. Os produtos particulados, seja pmma, hidroxiapatita ou policaprolactona, eles vem em uma seringa, em uma concentração de 30% com esferas de 40 micras de diâmetro, com veículo de 70% de carboximetilcelulose. Então qual a diferença entre eles? Nenhuma. A diferença é que uma partícula se desintegra em um ano e meio, a outra em três anos e a outra não se desintegra. Então por que um vai ser mais danoso que o outro se a reação do tecido é mais ou menos a mesma, se o veículo é o mesmo, se a concentração é a mesma e a partícula tem o mesmo tamanho? A única diferença é que uma sai e a outra não. Então nós vamos ter uma reação em volta dessa partícula que vai acontecer por um ano e meio, se a partícula estiver ali por um ano e meio, por três anos se a partícula estiver ali por três anos ou pra sempre se estiver a partícula para sempre.

O que eu devo lembrar?

Em relação ao produto, quanto mais fizer, maior o risco. Acho mais seguro usar um produto que eu vou ter que complementar menos vezes durante a vida. O paciente vai continuar envelhecendo, pode ser que eu queira colocar um pouco mais de queixo, pode ser que o paciente retorne daqui a dez quinze anos para complementar um volume maior. Mas vai ser muito mais distante esse complemento do que um produto que dure um ou dois anos, ou seja, um risco de infecção, embolia ou necrose, um risco que é de todos os procedimentos, mas que é muito menor, claro, do que uma gordura, uma lipo ou uma cirurgia, mas é um risco que existe, muito, muito pequeno, nós realizamos isso todos os dias, um grupo de médicos pelo brasil inteiro, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, só na Clínica Leger nós temos mais de 20 ou 30 médicos que realizam esse procedimento.

Dr Roberto Chacur comments on his experience with definitive filling and the reasons why he uses PMMA.

You know I’ve been using fillers for 16 years. I use all kinds of products, absorbable, non-absorbable, particulate or not, gels, etc., I use all kinds. I have no commercial ties with any of these brands of products, with any industry or laboratory, but I do use the permanent product, which is the PMMA product. Which is a product that we know is controversial, but it is approved by Anvisa in Brazil, by the FDA in the US since 2006 and there are several studies proving its effectiveness and safety.

What do you think about PMMA?

We know that in Brazil there are two groups of doctors: those who have used it and like it, and those who have never used it and don’t like it. I always say this: you have to listen to the doctor, but as long as they have had experience. If you know of any doctors who have used PMMA and now report it badly, let me know. Because I don’t know. All doctors who have used it at least respect the use of PMMA.

Not that there is no risk, all products have risk. All particulate products, gel products, hyaluronic acid, all have risks, yes, risk of infection, risk of embolism, risk of ischemia, they all have this risk, which depends a lot on the technique and some are unavoidable.

What is the problem with PMMA?

What is the controversy of the PMMA? PMMA has been used as a raw material in medicine for over 80 years, as bone cement, tooth resin, spine surgery, orthopedic surgery, dentistry, ophthalmology, synthetic bones, today we have solid pmma volumizers that can be used on the face too. For being used in medicine for over 80 years, it is considered inert, biocompatible and inert, we have no allergic reaction, as many say. I have never seen a patient with an allergic reaction or rejection of PMMA. All the patients who come to me saying that performed pmma but not with a doctor, at a beauty salon or hotel room, it wasn’t pmma, it was liquid silicone, a clandestine product, widely used in Brazil, today as far as I know there are no more doctors who use this product, but not long ago it was known that doctors used clandestine products, yes, which were not PMMA and used clandestine products, but today, because of this control, because we know the products better, I perform the microscopies of all types of products when I receive them. all brands I have microscopy, which I perform myself. I have been doing this for 16 years. that is fundamental for the quality of the product. we have products, most of them manipulated, that really do not have good quality and should not be used.

PMMA or absorbable fillers?

I’ve been using pmma for 16 years. I have it in me, in my wife, most of the collaborators in my clinic, including those who are here watching, have pmma, yes, in large amounts, body and face, we use it safely, if it weren’t safe they wouldn’t apply it, I wouldn’t apply it to myself and much less in the patient. So if we use it, it’s because I really consider it very safe and satisfactory. I consider it, for example, on my chin, safer than an absorbable product, which I need to replace with some frequency. I have 3ml of the permanent product in my chin, so forever my chin will be 3ml bigger. If I had done those 3ml with hyaluronic acid, I would have to replace 1ml every four, five months. In the next 50 years how many times would I get my chin done? 150, 120, 130? Which risk is bigger? Do the same procedure 120, 130 times or do it just once? Would it not be 120 times more risk of getting an artery, vessel, vein, ischemia, necrosis, infection? Because this is a risk of all procedures, it does not depend on the product. If I’m going to put it in an artery or a vein, it doesn’t depend on the product. It depends on the needle, the technique, the shape, the frequency. The more I do, the bigger the risk. If I do the same procedure 120 times, the risk is bigger.

PMMA is better for the doctor?

Do you think that for me or for the industry it is advantageous to use the permanent or the absorbable? If we think about the industry or the financial side, which some colleagues may think, it is more advantageous for me to have you returning every three, four, five, six, seven or eight months to complete some procedure. So if we use a long-lasting product it is because we think it is an advantage only and exclusively for the patient and not for us. For us and for the industry, they don’t want it, many professionals and the industry, they don’t want a long-lasting product, it’s not advantageous either for the industry or for some professionals. The advantage of a long-lasting product, if well applied, is solely and exclusively for the patient. It is much more advantageous for me to apply an absorbable product, in which, if I make a mistake, it will come out and it has an antidote.

What are the risks of PMMA

This is a real risk of permanent products, which I’m going to talk about now: I can’t go wrong, I can’t exaggerate, so it’s not for every type of patient, nor for every region that I’m going to use a long-lasting product. It has to be used with great care, in a patient who understands very well what I am talking about, who is sure of what he wants and when I am sure that I will get what he wants, in the amount, proportion and in the right place. I have to be much more careful when using a permanent product.

Reaction to the product

All products have a risk. All products have an edema, they can swell, get an artery, a vessel, you have to be very careful to avoid this, which depends much more on the technique than on the product. The difference is that the permanent is permanent and the absorbable is absorbable. The particulate products, either PMMA, hydroxyapatite or polycaprolactone, they come in a syringe, at a concentration of 30% with spheres of 40 microns of diameter and a vehicle of 70% carboxymethylcellulose. So what’s the difference between them? None. The difference is that one particle disintegrates in a year and a half, the other in three years, and the other does not disintegrate. So why will one be more harmful than the other if the tissue reaction is more or less the same, if the vehicle is the same, if the concentration is the same and the particle has the same size? The only difference is that one comes out and the other doesn’t. So we’re going to have a reaction around this particle that will happen for a year and a half, if the particle is there for a year and a half, for three years, if the particle is there for three years, or forever, if the particle is there forever.

What I should remember?

Regarding the product, the more you do, the greater the risk. I find it safer to use a product that I will have to complement less often during my life. The patient will continue to age, it may be that I want to add a little more chin, it may be that the patient returns in ten or fifteen years to complement a larger volume. But this complement will be much more distant than a product that lasts one or two years, I mean, a risk of infection, embolism or necrosis, a risk that is associated with all procedures, but which is much lower, of course, than a fat, a lipo or a surgery, but it is a risk that exists, a very, very tiny risk, we do it every day, a group of doctors all over Brazil, Rio de janeiro, São Paulo, Porto Alegre, only at the Leger Clinics we have more than 20 or 30 doctors who perform this procedure.

Precisa de ajuda?