PREENCHIMENTO LABIAL

Conteúdo extraído do livro “Ciência e Arte do Preenchimento”, Ed. AGE, 2018.

O procedimento do aumento de lábios é minimamente invasivo e praticamente não interfere na rotina do paciente. Pode ser feito para dar maior volume à boca, remodelar seu contorno – em especial, o chamado arco do cupido – ou atenuar o aspecto enrugado da área, ao qual se dá o nome de “código de barras”. Nesse caso, cada pequena ruga é preenchida individualmente. É muito comum que o delineamento da boca perca precisão com o tempo, sendo esse processo uma consequência natural do envelhecimento. O uso de fillers realça os lábios finos ou murchos, deixando-os bem desenhados e carnudos, e destaca em especial o arco do cupido, garantindo maior atratividade e harmonia à face.
O procedimento deve ser realizado preferencialmente com produtos absorvíveis, em forma de gel, pois o produto permanente que temos liberado pelos órgãos competentes não oferece uma elasticidade adequada, colocando em risco a naturalidade no resultado. Geralmente, utiliza-se o ácido hialurônico (ver capítulo sobre ácido hialurônico), que é reabsorvido em cerca de um ano, em razão de ele garantir uma textura mais parecida da natural. Além disso, a região da boca é especialmente delicada e sensível.

 

Uma vez feito o implante, para evitar descamação e desconforto, a recomendação médica é de o paciente se proteger do sol e manter os lábios sempre bem hidratados, uma vez que eles não têm glândulas sudoríparas e que a umidade e proteção da boca provêm da saliva.

COMO EU FAÇO – Não gosto e não recomendo o uso do PMMA em lábios. Existem dezenas de marcas de AH, e cada qual é uma família de produtos com suas características próprias, o que faz com que um ou outro seja mais adequado para determinada região. Além de corrigir o volume labial e o contorno da boca, frequentemente está associado a isso o aparecimento de rugas transversais (o chamado “Código de Barras”), que requer o implante de um produto em plano dérmico (nunca permanente), de modo a fazer desaperecer essas incorreções. Para esse procedimento sempre aplico gel anestésico, comumente utilizo um gel película com 7% de tetracaína e 7% de lidocaína. Mesmo o resultado sendo muito bom devido à boa penetração do anestésico, em alguns casos e dependendo do produto e do paciente, ainda faço um anestésico injetável intrabucal. A opção apresenta a grande vantagem de permitir realizar preenchimentos em regiões distintas (lábios e sulcos) com uma única anestesia.
No procedimento labial em si, não há por que ter receio de realizar algumas infiltrações suplementares (mais picadas): o importante é que o produto fique bem distribuído e quanto menos pontos forem realizados, mais concentrada a substância ficará. Ainda durante o procedimento, convém avaliar a necessidade de intervir no contorno labial. Pessoalmente, não gosto de aplicar filler no arco do cupido; prefiro injetá-lo na crista filtral. Na região onde desejo reverter o vermelhão, se implantar o produto muito profundamente, o lábio ficará com um aspecto de bico de pato. Por isso, o médico deve injetar a substância o mais superficialmente possível, sem que fique, todavia, aparente. Em havendo necessidade de fazer correções, em geral o produto pode ser retirado por punção com agulha e sai facilmente.

Ver Capítulos
Introdução

Em busca da fonte da juventude

Primeira Parte: CONCEITOS DE BELEZA

Anatomia ósse da face
Anatomia da pele
Beleza e Atratividade
– Por que achamos alguém bonito?
– Sequência de Fibonacci
– Estética áurea
– Para pensar
Etiologia do envelhecimento
– Como nos tornamos senis?
– Telômeros e senescência
– Isto é surpreendente!
– Vida útil em discussão
– O equilíbrio da imunidade
O envelhecimento cutâneo
– Fisiopatologia
– Achados clínicos
– Medidas preventivas
– A importância do bom-senso médico no tratamento estético
Transtorno dismórfico corporal
– Etiologia
– TDC e procedimentos estéticos
O potencial de transformação dos fillers
– Condições ideais para um bom produto de preenchimento
– O que é o preenchimento
– Lifting X Ressurfacing
– Técnicas de volumetria
O que a ciência promete para o futuro?

Segunda parte: PREENCHEDORES MAIS USADOS

Não permanentes
Permanentes ou não absorvíveis
Características gerais
Polimetilmetacrilato
Ácido hialurônico
MD Codes
Ácido polilático
– Utilização dos fios de ácido polilático
Hidroxiapatita de cálcio
Hidrogel
Silicone líquido injetável
Outros tratamentos associados a preenchimento
– Toxina botulínica
– Laser CO2 fracionado
Adendo: Análise microscópica do polimetilmetacrilato

Terceira parte: O PASSO A PASSO DA TRANSFORMAÇÃO

Uma plástica minimamente invasiva
O instrumental que se usa
O procedimento e a “mão” do médico
Tipos de anestesia
Perigos do procedimento com preenchedores em geral
Topografia facial e riscos do preenchimento
Complicações e como gerenciá-las

Quarta parte: PROCEDIMENTOS FACIAIS E CORPORAIS

Preenchimento facial
Preenchimento das maçãs do rosto
Preenchimento de rugas, sulcos faciais e cicatrizes
Rinomodelação com preenchimento
Preenchimento da mandíbula
Preenchimento labial
Preenchimento do mento
Preenchimento de pálpebras
Preenchimento peitoral
Preenchimento de glúteos
Preenchimento em lipodistrofia
Bioplastia genital
– Bioplastia e técnicas para aumento do pênis
– Bioplastia de saco escrotal
– Bioplastia de glande
– Bioplastia de vulva
– Bioplastia de clitóris
– Bioplastia de reconstrução após mudança de sexo
Poliomielite
Síndrome de Parry Romberg
Tratamento de celulite e irregularidades cutâneas
Goldincision – Tratamento com subcisão e preenchimento com PMMA

Quinta parte: ASPECTOS JURÍDICOS

A Anvisa e os produtos aprovados por ela
Direito e Medicina
A lei e o uso de implantes líquidos
O Código de Ética Médica

 

 

 

Ciência e Arte do Preenchimento é o primeiro livro do Dr. Roberto Chacur. Na publicação, o Dr. Chacur reúne sua experiência para mostrar a ciência por trás do preenchimento e o requinte da arte na hora de trabalhar harmonização facial e corporal.
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